Minha filha está se cortando. O que fazer?

Descobrir que a filha está se cortando pode ser um dos momentos mais dolorosos e assustadores para qualquer pai ou mãe. O ato de se machucar intencionalmente, conhecido como automutilação, geralmente não é uma tentativa de chamar atenção, mas sim uma forma que algumas pessoas encontram para lidar com dores emocionais intensas, sentimento de vazio, culpa ou até mesmo dificuldades em expressar o que estão vivendo.

Se você está passando por essa situação, saiba que não está sozinho e que há caminhos para ajudar sua filha.

1. Mantenha a calma e evite julgamentos

A primeira reação pode ser de choque, raiva ou até culpa. Mas é fundamental não reagir com críticas ou punições. Isso pode afastar ainda mais sua filha e aumentar o sofrimento dela. Em vez disso, tente demonstrar acolhimento, empatia e disposição para ouvir.

2. Abra espaço para o diálogo

Pergunte com delicadeza o que ela está sentindo e deixe claro que você está ali para apoiar, não para julgar. Muitas vezes, os adolescentes não encontram palavras para explicar suas dores, e o corte surge como uma válvula de escape. Mostrar interesse genuíno pode ajudá-la a se abrir.

adolescente sorrindo e conversando

3. Busque ajuda profissional

A automutilação geralmente está associada a quadros como depressão, ansiedade, transtorno borderline ou dificuldades emocionais intensas. Por isso, é essencial procurar um psicólogo ou psiquiatra especializado em adolescentes. O acompanhamento profissional pode oferecer ferramentas para que ela encontre outras formas de lidar com seus sentimentos.

mãe e filha em uma sessão de terapia

4. Esteja presente no dia a dia

Mais do que conversas pontuais, é importante estar disponível no cotidiano: compartilhar momentos simples, acompanhar a rotina escolar e mostrar interesse pelas atividades dela. Pequenos gestos de presença constroem confiança e reforçam a sensação de que ela não está sozinha.

5. Cuide também de você

Lidar com a dor de um filho pode ser exaustivo. Procure apoio, seja em grupos de pais, terapia individual ou conversas com pessoas de confiança. Ao cuidar de si, você estará mais preparado para cuidar dela.

Conclusão

Ver uma filha se machucando é devastador, mas também é um pedido silencioso de ajuda. Com escuta, paciência e o suporte de profissionais, é possível construir um caminho de recuperação. O mais importante é não ignorar o problema e agir com amor e responsabilidade.

Se você perceber risco imediato à vida, procure atendimento de emergência ou entre em contato com serviços de apoio, como o CVV – Centro de Valorização da Vida (188), disponível 24 horas por dia.

Se você ou alguém próximo passa por situação semelhante, leia ou encaminhe esse post para ele. Sentindo necessidade, agende sua consulta no botão abaixo.

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